Ultimamente, tenho
dedicado quase todo o meu tempo à produção do meu TCC e relatório
de estágio de regência, pois como sabeis leitor do blog estou me
formando em Letras. Mas na última sexta (26/08) resolvi dá uma
pequena pausa nos estudos e esticar as canelas pedalando até o
quilombo de Murumuru, terra da minha esposa.
No dia anterior
passei por toda aquela cerimônia que todo ciclista passa: lubrificar
a bike, preparar as ferramentas, alimentos, recarregar a câmera
fotográfica... Enfim, deixar tudo pronto para que na manhã do
pedal, antes dos primeiros raios solares, possamos pegar a estrada. E
assim me planejei. Porém, por conta do conforto da minha cama, não
consegui levantar na hora pretendida, mesmo tendo o despertador
tocado. Levantei por volta das 6:00hs. Preparei o café. Tomei apenas
alguns goles e assim parti rumo ao meu destino daquele dia.
Saindo de casa por
volta das 6:45hs ainda pude aproveitar o clima ameno que fazia, uma
vez que aqui em Santarém/Pará é sempre muito quente. Encurtei
caminho indo pela toca da raposa até pegar a Av. Moaçara até a
Curuauna. Seguir pela Curuauna até o km 20 na comunidade do Jacamim.
Até ai foi tudo muito bem. Muito perigo (devido à estrada ser
estreita e não possuir acostamento e os carros ultrapassarem colados
aos ciclistas), mas pouca emoção. Pois, durante esse trajeto nada
de paisagem se pode ver. Emoção mesmo foi quando entrei no ramal da
comunidade de Santos da Boa Fé. Um ramal lamadiço, escorregadio de
um barro liguento que facilmente trava os pneus. Mas é disso que
todo ciclista aventureiro gosta. E assim fui cruzando diversas
comunidades num passo não muito rápido, já que o que eu queira
mesmo era aproveitar cada gota de lama na cara.
Nesta manha havia
chovido bastante nas comunidades por onde passei o que deixou poças
de lamas enormes pelos ramais. Com tanta lama não tardou muito para
os dois pneus da bike travarem. Lama é muito bom, no entanto quando
trava o pneu é uma dor de cabeça. E isso me aconteceu... Mas ainda
bem que eu já estava próximo do meu destino. Ainda empurrei a
bicicleta por cerca de 1 km debaixo de um sol que não dava mais
tréguas.
Já por volta da
metade da manhã, depois de ter cruzado as comunidades de Santos da
Boa Fé e São Raimundo da Palestina, cheguei à Comunidade de São
Francisco da Cavada (última comunidade até chegar ao Murumuru).
Desci a temida serra sem apertar os freios. Nem precisei. O barro
preso aos pneus fez esse trabalho. E depois de muito pedalar cheguei
ao meu destino. Cansado? Que nada! Fui repor as energias na casa da
várzea da mãe de minha esposa.
Distancias: Ida
Volta
Distância: 42,64km
42,86km
AVS: 15,6
17,6
Tempo: 2:43:27
2:26:17
Tempo total:
aproximadamente 3:00h
o caminho era esse |
quase um rio Amazonas |
uma pausa para alimentar o narcisismo |
tentando remar até a casa na várzea |
tomando aquele banho |
descansando... ela merece |
de volta para casa |
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