
O Homem da Areia destaca a questão dos olhos: olhos
que encantam e olhos que enganam. Destaco o momento em que Natanael encanta-se
por Olímpia através de seus olhos. Parecem tão reais (como a fotografia), mas não
o são.
Uma das características contidas em ambos os contos,
além do dilema do autor em como contar a história, esse desprender da ideia da consciência
do autor para ser posta no papel, está, também, a ambiguidade.
Nas Babas do Diabo, temos um morto que conta a
história. Este relaciona ideias diferentes ao mesmo tempo. No momento em que
narra a história relata outras ações que presencia. O conto descreve sobre a
imagem fotografada que nem sempre pode ser real.
Já no outro conto temos como forma de ambiguidade a
imaginação de Natanael concretizando a figura do Homem da Areia a racionalidade
de Clara que julga como delírio ou apenas como construção imaginaria a figura
do Homem da Areia cultivada por Natanael.
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