Após 120 dias de
paralisação dos professores universitários uma pergunta é inevitável: greve na UFOPA: quem ganhou e quem perdeu?
Tal questionamento pode
não parece muito lógico, uma vez que desde o início da greve o comando local
grevista já anunciava em sua pauta a defesa fervorosa em prol dos muitos acadêmicos
esquecidos em suas necessidades básicas. Mas o fim da greve mostrou a incoerência
entre o discurso e o resultado de fato.
“As mudanças” tão
faladas até agora não chegaram. E parecem que não chegarão tão cedo. Já para os
professores elas começarão a chegar a partir do ano que vem. Opa! Alguém teria
que ganhar alguma coisa com “essa greve”. Mas deixando a ironia de lado e
respondendo secamente a pergunta título teremos claramente uma resposta:
QUEM
PERDEU? Perdemos todos nós acadêmicos
ansiosos pelo término do curso. E que agora a distância parece interminável. Perdemos
as festas de final de ano, pois estaremos enclausurados com trabalhos acadêmicos,
que muitas vezes parecem não ter uma objetividade clara. Perdemos a paz, a
calma, o sossego com trabalhos atrasados e que no momento do retorno das
férias/greve são cobrados como se o período de greve fosse um momento de estudo
e reflexão para nós (para nós). Greve é greve professor! Mas ainda perdemos
algo muito mais importante: a motivação. Como pode um acadêmico maravilhar-se
com os estudos se o seu professor pensa apenas em si próprio; no salário do
final do mês.
QUEM
GANHOU? Ganharam todos os
professores (por mais que o ganho salarial tenha sido pequeno). Ganharam sem
trabalhar por mais de 03 meses (e é impressionante que não vão repor todo esse período
de férias. Digo greve). Ganharam, pois, vão ganhar mais trabalhando com a mesma
carga horária. Ganharam, pois, não serão cobrados a melhorar o conteúdo e o
modo de lecionar: os maus professores voltaram ainda pior; os bons professores
voltaram do mesmo jeito. E por fim, ganharam, pois foi
lhes dado o direito de grevar apenas nos cursos regulares da UFOPA, mas não no
PARFOR!
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