Ao filho que quero ter...
Darei a Ele toda a minha
biblioteca,
Dos livros que li, mas, principalmente,
os que não li.
Para que quando a
brancura natural dos meus cabelos, e o cansaço dos olhos chegar,
Que Ele possa ler
odisseias que eu jamais conheci,
Poemas que eu jamais
declamei,
Poesias que eu jamais
decifrei.
A ele darei, também,
todos os meus CDs.
As músicas que eu sempre
ouvi, e aquelas que jamais ouvi.
Para que ele reconheça a
melodia, a poesia, o ritmo e outra vez a poesia.
Ao filho que quero
ter...
Que ele seja melhor que o
próprio criador: melhor escritor, melhor narrador, melhor no amor, melhor
ciclista, melhor trovador...
Que ele desbrave comigo
as trilhas de bike: as que já trilhei. Mas que busque as suas próprias trilhas...
Mas esse filho que quero
ter será o filho que terei?
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