Por muitos anos a
figura do professor foi vista como a pessoa do jovem vocacionado ao sacerdócio.
Como se o exercício da licenciatura fosse uma dádiva de Deus agraciada a poucos
postulantes. Mas nem mesmo o exercício de padre e, nem tampouco o ato de ser professor
é algo divino, e sim, uma competência profissional que requer muita formação,
informação e dedicação.
Atualmente, para o
nosso bem, o véu que nos transfigurava em “Eli” vem sendo descortinado. Cada vez
mais a sociedade percebe que ser Professor é uma profissão tão importante
quanto qualquer outra. Aliás, a profissão mais importante, uma vez que o
professor forma todos os demais profissionais. Mas nem por isso somos
sacerdotes. E por falar em sacerdotes – Padres – estes não trabalham por
caridade (excluindo-se pequenas exceções). Muitos chegam a ganhar bem mais que
um professor. Mas para isso, estudam durante muitos anos: formam-se,
informam-se, leem bastante e dedicam-se ao máximo até chegar ao comando da paróquia.
Já nós professores, por maior o amor que tenhamos em lecionar, nem por isso,
lecionaremos de graça. Precisamos ser valorizados (salarialmente). Antes de tudo,
precisamos nos valorizar: levar mais a sério a nossa formação acadêmica, deixar
nossos pedidos da AVON, NATURA, HERMES e quantas revistas mais, para serem
feitos em casa; sacrificar algumas madrugadas em busca do conhecimento próprio (o
conhecimento é que diferencia os professores); ser exemplo de família, de
comunidade e de agente educador na escola.
Por fim, não somos
padres. Somos professores. “O padre decora a missa. O professor, jamais poderá
decorar o ritmo de suas aulas”.
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