segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Eu não sou padre. Eu sou professor!


Por muitos anos a figura do professor foi vista como a pessoa do jovem vocacionado ao sacerdócio. Como se o exercício da licenciatura fosse uma dádiva de Deus agraciada a poucos postulantes. Mas nem mesmo o exercício de padre e, nem tampouco o ato de ser professor é algo divino, e sim, uma competência profissional que requer muita formação, informação e dedicação.
Atualmente, para o nosso bem, o véu que nos transfigurava em “Eli” vem sendo descortinado. Cada vez mais a sociedade percebe que ser Professor é uma profissão tão importante quanto qualquer outra. Aliás, a profissão mais importante, uma vez que o professor forma todos os demais profissionais. Mas nem por isso somos sacerdotes. E por falar em sacerdotes – Padres – estes não trabalham por caridade (excluindo-se pequenas exceções). Muitos chegam a ganhar bem mais que um professor. Mas para isso, estudam durante muitos anos: formam-se, informam-se, leem bastante e dedicam-se ao máximo até chegar ao comando da paróquia. Já nós professores, por maior o amor que tenhamos em lecionar, nem por isso, lecionaremos de graça. Precisamos ser valorizados (salarialmente). Antes de tudo, precisamos nos valorizar: levar mais a sério a nossa formação acadêmica, deixar nossos pedidos da AVON, NATURA, HERMES e quantas revistas mais, para serem feitos em casa; sacrificar algumas madrugadas em busca do conhecimento próprio (o conhecimento é que diferencia os professores); ser exemplo de família, de comunidade e de agente educador na escola.
Por fim, não somos padres. Somos professores. “O padre decora a missa. O professor, jamais poderá decorar o ritmo de suas aulas”.

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