terça-feira, 27 de setembro de 2011

DATILOGRAFANDO


Nunca conheci pessoalmente essa velha companheira de meus contemporâneos. Acho que por isso não me considero poeta por completo. Ou um grande poeta. Acredito que hoje a arte da metrificação que dá nova vida as palavras tornou-se mais fácil. Pelo menos no que diz respeito a sua concretização formal deleitada sobre a página em branco: a vida impressa!
Fico imaginando a dificuldade da rápida captura do pensamento poético pelo poeta. Captura que, tardia, levava o poeta a difícil missão da correção. E de correção em correção o leito das palavras obscurecia-se em traços desagradáveis. Por isso, tenho nesses poetas uma admiração muito grande. Admiração que surge de minhas leituras. Dos clássicos não estacionados em minha biblioteca.
Hoje, não caminho pela mesma estrada. Tenho um notebook onde acredito compor poesias. E de maneira mais fácil. Se erro a concretização do pensamento, aperto DELETE e tudo volta ao normal. E entre semelhanças e dicotomias uma coisa persiste: o prazer pela arte de escrever.

Um comentário:

  1. Adorei o texto. Parabéns!!! Tive uma máquina de escrever em minha adolescência e ate hoje sinto saudades dela...

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