Um rio d’ouro deságua no meu peito, onde estarão teus poetas? Como negar
silhuetas de montanhas na tua alma? As lágrimas e o sangue entrelaçados
nessa tua tez de barro; não, não, eu prometo não chorar pelos teus
melhores filhos, prefiro sentir o aroma das gordas piracemas, ouvir a
chuva naquelas inesquecíveis palhas, hoje eu até fumaria pra
embebedar-me do teu silêncio, pra sentir a integridade dos frutos dos
teus cílios, pra reacender tuas velhas fontes e evitar que me leves ao
mar porque não sei mais das tuas aldeias anciãs e nem quero esquecer a
voz dessa cidade.
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