No último sábado, 01/08, à tardinha, quase que de praxe, saí pelas ladeiras estreitas do centro histórico da cidade de Óbidos em busca de novos registros do cotidiano dos pauxiaras. Resolvi então fotografar o Forte Pauxis (uma das únicas fortificações permanentes construídas após o período da Regência (1853)). Nesta minha terceira ida a Fortificação Portuguesa tive a feliz surpresa que, embora, o prédio esteja fechado para reforma e requalificação há mais de três anos, ainda sim, mas não legalmente, o espaço histórico é visitado por turistas vindos de outras cidades. Na ocasião, além de uma família de obidenses, um casal de Belém vislumbrava os canhões e a estrutura antiga do prédio. Vendo-os com um guia turístico da cidade em mãos (aquele do professor Paulo Barros), logo iniciei conversa perguntado o que acharam do Forte. Falaram-me que ficaram muito contentes em conhecer uma das Fortificações fora da capital Belém. Mas ao mesmo tempo mostraram-se tristes e sem entender como uma prefeitura abandona um patrimônio histórico tão rico como esse. O mesmo me confidenciou o senhor obidense que lá estava com sua família.
Queixas a parte, o Forte Pauxis transpira a história remota do tempo de sua fundação. Nos faz imaginar os acontecimentos guardados ali por suas paredes e muretas. Seus canhões, apontados para a garganta do Rio Amazonas, nos fazem pensar na tensão dos navios que por ali passaram naquela época.
Mais que imaginar a história passada é preciso imaginar a história que queremos para o futuro. É inegável o estado de abandono que o prédio se encontra: canhões todos pinchados, mato tomando conta do lugar, espaço servindo de motel e ponto de uso de bebedeiras e drogas. É sabido que o IPHAN recentemente vistoriou o espaço e a retomada das obras, já tem um tempinho, foi brindada pelos quatro cantos da cidade. Mas até agora...
Ainda sim, vale muito a pena a visita. Fica aqui o convite. Não somente ao Forte Pauxis com também aos demais pontos históricos de nossa cidade.
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