Ladrões
de Bicicletas, do
diretor Vittorio de Sica,
concentra-se,
principalmente, na odisséia vivida pelo personagem Antonio
Ricci
em busca de sua bicicleta que lhe fora roubada, logo em seu primeiro
dia de trabalho como colador de cartazes. O filme traduz
características do cinemaneo-realista italiano.
Antonio
Ricci é um trabalhador humilde. Para sustentar sua
família consegue emprego como colador de cartazes. Mas de inicio
vê-se num dilema de não ter o mínimo exigido para tal função:
uma bicicleta. Sua mulher resolve então penhorar os lençóis da
cama do próprio casal a fim de resgatar a bicicleta para matar a
fome da família. Agora de posse da bicicleta vislumbra para toda a
família dias melhores. Faz contas e mais contas com o ordenado e as
horas extras que ganharia. Mas todos esses sonhos lhe foram desfeitos
logo no primeiro dia de trabalho quando do roubo de sua bicicleta. A
partir desse momento inicia-se a odisséia de Ricci e de seu pequeno
filho Bruno em busca de tentar recuperar a bicicleta roubada. Não
somente a bicicleta como também seus sonhos que naquele momento
também haviam sido roubados.
Vão
a um mercado de bicicletas roubadas. No entanto, após minuciosa
busca, o resultado não foi satisfatório. Passam-se as horas e
Antonio vê sua vida mergulhada novamente no sofrimento das
privações. Pois o que buscava não era somente a bicicleta, mas a
possibilidade de poder sonhar com uma vida melhor. Daí, juntamente
com seu filho, foram vagar pela praça. De repente avistou o sujeito
que lhe havia roubado. Empreitou perseguição. Porém, o resultado
mais uma vez não foi satisfatório. E assim o filme segue narrando
as tentativas frustradas de recuperação da bicicleta. Até que já
cansado, pois tudo isso ocorre em um só dia, Antonio resolve pedir
ajuda a uma vidente. Esta lhe diz da seguinte forma: “Ou
você recupera sua bicicleta agora, ou não recupera nunca mais”.
Será que nosso protagonista enfim recuperaria sua bicicleta?
As
palavras da vidente pareceram uma profecia. Logo que Antonio
atravessou a porta da pensão deu de cara com o bandido. Desta vez
conseguiu agarrá-lo. Todavia como não tinha testemunhas que
provassem que aquele meliante era o ladrão (apesar de ainda ter
chamado um policial para averiguar a situação) pensou por fim que
ali se encerrava a busca por sua bicicleta (o que nos faz retomar a
frase da vidente). Cabisbaixo, caminhou até a praça central (sempre
com o pequeno Bruno ao seu lado). Viu ali inúmeras bicicletas. A
tentação da sobrevivência lhe confundia a mente. Sabia que aquela
bicicleta roubada significava uma ascensão social, dias melhores, um
futuro não apenas para sonhar, como também para vivenciar.
Conduzido pela necessidade que o espírito capitalista faz do homem o
lobo de si mesmo, nosso amigo rouba uma bicicleta. Aliás, tenta um
roubo mal sucedido. Apanhado pelos populares sofre pela vergonha que
causara ao filho. O pequeno Bruno chora copiosamente, pois tinha no
pai um grande herói.
E
a bicicleta? Nosso amigo não a recuperou.
O
filme termina com pai e filho caminhando em meio a uma multidão,
simbolizando talvez a esperança representada na figura do menino.
"Antonio Ricci é um trabalhador francês que vive as conseqüências do pós-guerra no território da França."
ResponderExcluirTrabalhador francês? França? pelamordedeus...
Primeiramente, meu caro Tim, obrigado pela visita. Vc tem razão em seu comentário, tanto que verifiquei as informações do filme e fiz as correçoes necessárias.
ResponderExcluirNossa,quanta tristeza e desolação!
ResponderExcluirFato
ExcluirParabens pelo texto Rômulo. Deixo aqui uma dica, o podcast sobre cinema clássico, que acabou de debater este filme. http://filmesclassicos.com.br/2016/04/01/ladroes-de-bicicletas/
ResponderExcluirUm abraço!
Obrigado, meu caro. Vou ceonferir
ResponderExcluirGosto de clássicos,sempre quis assistir a esse filme. Obrigada pela resenha.
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