sexta-feira, 20 de abril de 2012

Modernismo 3ª fase


Antes de mais nada, ao estudarmos a terceira fase do nosso Modernismo, vale ressaltar que alguns historiadores costumam classificar esse período como Pós-Modernismo.


Essa nova fase do nosso Modernismo costuma ser data de 1945 à 1960. No entanto, em 1943, Clarice Lispector com o romance Perto do Coração Selvagem, é quem dá as boas vindas ao novo período literário.


Estando a segunda fase modernista ainda muito próxima desta, não teremos “novidades” significativas quanto a produção literária do momento. Na verdade, os temas regionalistas que despontaram com força durante o segundo período ainda continuam, porém o que vai ser diferente é a maneira dessa prosa transmitir a sua mensagem. Não temos mais apenas uma descrição narrativa como em O Quinze e sim uma situação em que a narrativa passa a ser psicológica, revelando os conflitos existências do homem representado no romance.


Características (prosa):
  • Prosa psicológica: fluxo de consciência;
  • Prosa urbana: centrada nos conflitos do homem das grandes cidades;
  • Prosa regionalista: é o que temos em Guimarães Rosa no seu Grande Sertão: Veredas;
  • Narrativas confidenciais em primeira pessoa;
  • Narrativas que aproximam a prosa da poesia;
Características (poesia):
Para entendermos o “novo” pensamento dos poetas desta geração temos recorrer às primeiras fases do nosso modernismo e identificar aí como a poesia era concebida. Perceberemos então que, no inicio do modernismo os poetas buscaram o verso livre, lutaram contra a metrificação, contra o uso da sintaxe e publicaram uma poesia-piada, satirizando os Parnasos e Simbolistas.


Agora o pensamento mudou. Se antes os Parnasos e Simbolistas eram deixados de lado, na terceira fase eles são vistos novamente como o exemplo a ser seguido. Por isso, que alguns autores chegam a classificar os poetas da terceira geração de Neoparnasianos ou Neosimbolistas. Estes, a defender um poema mais formal, de linguagem mais erudita e metrificada buscavam “uma poesia mais equilibrada e seria”.


Os dois grandes nomes desse momento são: Clarice Lispector (A Hora da Estrela) e João Guimarães Rosa (Grande Sertão: Veredas).


Existe uma relação ficcional muito grande entre a narrativa apresentada e o momento real do país. Ora, o Brasil vivia uma década de grandes transformações sociais e essas mudanças estão representadas nas obras (para um melhor entendimento torna-se necessária a leituras de alguns romances).

Nessa terceira fase é possível perceber um amadurecimento artístico-literário, uma vez que as tendências iniciais desse movimento não mais eram empregadas pelos nossos poetas. Prova disso, é o fato desses novos poetas proporem uma poesia totalmente contraria aquela do inicio do movimento. Na prosa, perceberemos a introdução de novos modos de ordenar a narrativa e de contá-la.


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