sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Revisitando o passado que ainda mora dentro de mim.

Talvez um dia eu perca a conta de quantos poemas, contos, crônicas, poesias, reflexões tenha feito sobre aquele meu passado...
Parece que parte dele teima em querer não ser esquecido. Nas angústias da vida folheio copiosamente os retratos daquele tempo. Tais fotos é que me dão a certeza de que tal passado realmente existiu...
Algumas pessoas me dizem que revivo demais esse momento devido alguma coisa que ainda sinto atraído por ele. Mas que ironia! Nada do que caracterizava aquela vida cumpro devotamente no presente: as reuniões de Ceb tornaram-se escassas, as idas ao templo religioso somente em dias de tarefas (ainda sou ministro). Pergunto-me: o que me causa tanta nostalgia? Se conduzo o presente que vivo; se escolhi cursar Letras; se vivo com a mulher que tanto quis viver; se sou livre para trilhar caminhos com a minha bike; se na medida do possível, tenho como adquirir meus bens materiais... Diga-me, oh! Nostalgia inquietante.
Enquanto a resposta não vem continuo a refletir sobre esse tempo. E como as minhas definições não são suficientes para caracterizar tal tempo vivido, furto de alguns poetas o tempo que um dia vivi. Outro dia debrucei-me sobre o “tempo de Cooper”... Outro dia conheci o tempo de Ruy Barata, em Paupixuna, que diz: “O tempo tem tempo de ser/ o tempo tem tempo de dar/ ao tempo da noite que vai correr/ ao tempo do dia que vai chegar”. E diferentemente desse tempo, o meu parece não ter corrido. Aquelas noites não correram e assim o novo dia não chegou... 
E de tempos em tempos recordo como muita nostalgia o tempo que ficou num perfeito tempo passado (mas sempre presente...)

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