O
termo literatura apresenta uma pluralidade de conceitos podendo vir
a ser desde uma epopéia grega a uma simples carta de amor. Os
esforços para tornar esse conceito singular vêm desde o período da
Acrópole grega onde Aristóteles e Platão esboçaram as primeiras
definições. Nesse período, o termo literatura significava a
arte de compor ou escrever bem; os homens de letras etc.
No decorrer da história, somaram-se a raiz do termo novos
significados. Sendo, talvez, o mais conhecido o
conjunto de obras clássicas de uma época ou de um país. Mas
quem classifica esse conjunto de obras? Os mesmos que dão ao texto o
teor de literário ou não-literário. A crítica literária é uma
das responsáveis em julgar uma obra como sendo boa ou má. Tal
seleção, muita das vezes, faz-se a partir de parâmetros
conceituais do próprio crítico que leva em conta fatores como: quem
é o autor, qual o tema, a editora, o público alvo, o tipo de
linguagem usada etc. Também a escola mostra-se como instância
seletiva, pois legitima algumas obras em detrimento da condenação
de muitas outras: aquelas consideradas de leitura inadequada a
formação dos estudantes. É justamente esse autopoder, individual,
de classificação o culpado por essa pluralidade conceitual. Tanto
que o que antes não se considerava, não possuía prestigio hoje
passou a tê-lo. A prosa era considerada de categoria inferior na
antiga Grécia. Somente no século XVIII passou a sentar-se a direita
das grandes obras com o nascimento do romance. Concebe-se, então,
que o conceito de literatura depende em muito do ponto de vista de
quem o define e do sentido da palavra para cada um.
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