Ontem
a aula valeu à pena! Assistimos, refletimos... a um belíssimo
filme. E a leitura deste, fez-me re-tornar a uma antiga leitura do
meu tempo de “quase frustrado Ir. Religioso”: Franz
Kafka e a sua “Metamorfose”.
Eis aí o autor. Eis aí a obra. E tanto Meu
Pé Esquerdo
como o Gregori
(personagem central de Metamorfose) tem algo em comum, embora ainda
que pouca coisa.
O
caixeiro viajante acorda metamorfoseado em um bicho. Já Crishty
(ainda não cursei Inglês Instrumental) nasce com uma grave
deformidade cerebral. O seu pé esquerdo é como se fosse seus dois
braços e a outra perna. É com este pé que ele desenvolve a
impressionante arte de escrever e pintar. Ao longo de sua vida ele
rompe pré-conceitos: familiares, sociais e afetivos. E no fim
torna-se uma pessoa notória: visto pelo que possuiu; e não pelo que
foi. Mais uma vez o ter acima do ser.
Voltando
um pouco para nossas crendices populares... Muitos acreditam que tudo
aquilo que vem do “esquerdo” é obra de inspiração maligna.
Falta-lhes assistir “Meu Pé Esquerdo”... E desde que a esse
filme li, passei a dar mais valor a todas as partes mínimas do meu
corpo. Afinal, isto é bíblico: o que faria o braço sem as pernas?
E o mais interessante: na aula seguinte conheci uma definição
perfeita para toda a vida desse bravo homem. Eis o termo:
resiliência!!!
E
a todos os resilientes de nosso país assistam “Meu
Pé Esquerdo”...
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