sexta-feira, 16 de abril de 2010

MEU PÉ ESQUERDO

Ontem a aula valeu à pena! Assistimos, refletimos... a um belíssimo filme. E a leitura deste, fez-me re-tornar a uma antiga leitura do meu tempo de “quase frustrado Ir. Religioso”: Franz Kafka e a sua “Metamorfose”. Eis aí o autor. Eis aí a obra. E tanto Meu Pé Esquerdo como o Gregori (personagem central de Metamorfose) tem algo em comum, embora ainda que pouca coisa.
O caixeiro viajante acorda metamorfoseado em um bicho. Já Crishty (ainda não cursei Inglês Instrumental) nasce com uma grave deformidade cerebral. O seu pé esquerdo é como se fosse seus dois braços e a outra perna. É com este pé que ele desenvolve a impressionante arte de escrever e pintar. Ao longo de sua vida ele rompe pré-conceitos: familiares, sociais e afetivos. E no fim torna-se uma pessoa notória: visto pelo que possuiu; e não pelo que foi. Mais uma vez o ter acima do ser.
Voltando um pouco para nossas crendices populares... Muitos acreditam que tudo aquilo que vem do “esquerdo” é obra de inspiração maligna. Falta-lhes assistir “Meu Pé Esquerdo”... E desde que a esse filme li, passei a dar mais valor a todas as partes mínimas do meu corpo. Afinal, isto é bíblico: o que faria o braço sem as pernas? E o mais interessante: na aula seguinte conheci uma definição perfeita para toda a vida desse bravo homem. Eis o termo: resiliência!!!
E a todos os resilientes de nosso país assistam “Meu Pé Esquerdo”...

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