terça-feira, 6 de outubro de 2020
domingo, 19 de abril de 2020
Modelo de Projeto de Pesquisa de Mestrado em Educação.
Se você chegou até
aqui, muito provavelmente, assim como eu há dois anos atrás, deve ter
vasculhado toda a internet e não ter encontrado um modelo para lhe auxiliar na
elaboração do seu projeto de pesquisa de mestrado, não é? Pois bem, em 2018, eu
vivenciei esse mesmo dilema quando da minha preparação para seleção do Mestrado
em Educação da Universidade Federal do Oeste do Pará Ufopa. Pesquisei de forma incansável
e não tinha encontrado algo que pude me ajudar de forma concreta. No mais, algumas
partes isoladas de projetos. Pensando em ajudar quem possa estar sentido dificuldades
na elaboração do seu projeto, pensei em compartilhar meu projeto de ingresso
(este projeto não é o que estou pesquisando). Vale frisar, que não é um projeto
perfeito. Aliás, você leitor (futuro mestrando) perceberá que o mesmo possui
muitas deficiências desde a ordem conceitual como a metodologias e os instrumentos
metodológicos a serem utilizados, bem como também, o método escolhido para análise
dos dados produzidos. Ainda assim, acredito que servirá de base para construção
do seu projeto.
Mais na frente (assim
que minha dissertação estiver quase pronta rsrsrs) pretendo fazer alguns posts
enfatizando cada parte do projeto de pesquisa.
Dúvidas deixem nos
comentários.
O projeto você pode
baixar nesse link https://pt.slideshare.net/romulojoseviana/formando-pedagogos-leitores-a-leitura-literria-na-formao-inicial-do-pedagogo-do-campus-de-bidos-da-ufopa
terça-feira, 31 de março de 2020
Ao filho que tenho
Escrevo ao
filho que tenho.
Ao filho que
me faz ficar tolo, dengoso, manhoso...
Que me faz
traçar diálogos no Bebenês, no iti malia...
Que faz
despertar em mim um conceito novo de amar te amando.
Que me faz
imaginar dedicatórias acadêmicas em teu nome.
Escrevo ao
filho que toma do café que faço,
Que assiste
comigo a filmes não comerciais
Que ainda
ouve minhas músicas e
Escuta minhas
histórias literárias.
Escrevo ao
filho que rouba meu lugar no sofá
E que me
expulsará da cama.
Que me faz
amar...
Que me faz amá-lo...
Que me faz
antes de tudo ficar tão bobo imaginando:
Os dias que
ainda faltam para te ver sorrindo
Pra te ver
andando...
Os dias em
que irei acalentar teu choro em prantos.
Te segurando
em meus braços e te ninando:
“Dorme neném que a cuca vai pegar, mamãe
foi para roça e papai foi trabalhar”.
Óbidos, 2020
sexta-feira, 17 de agosto de 2018
Aos olhos semimortos
Tristonhos olhos...
Aqueles olhos que lhe pareceram semimortos.
Eram tímidos
Pareciam carregar em sim certo quê de não sei o que,
Que os faziam rígidos as inconstâncias do momento.
Mas vez ou outra acompanhavam a contração física do rosto.
Eram de vida e morte.
Aliás, diziam que o corpo acompanhava toda a fisionomia do
semblante.
Assim, era de toda reflexo do próprio olhar…
Certa vez, fitou-a seriamente.
Encante!
Penetrou, singularmente, na anatomia poética daqueles
olhos...
Não queria. Sim, não queria.
Mas como encante (sempre a revelia do ser encantado),
Passou a imaginar aqueles olhos em tudo que via...
quarta-feira, 6 de junho de 2018
Reflexões de um escritor
“Escrever
é um ócio muito trabalhoso”. Afirmou, certa vez, Goethe. Talvez, não para
todos. Uns, na primeira tentativa, conseguem preencher as linhas brancas da
folha de papel. Outros, depois de inúmeras tentativas, a única coisa que
conseguem é a dor de cabeça. Mas não parece haver tamanha dificuldade em
escrever. Como diria Neruda, “escrever é fácil: você começa com uma letra
maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca as ideias”. Logico,
que Pablo Neruda simplificou todo o processo de composição textual. Deixou de
lado os percalços felizes e, principalmente, penosos que Clarice Lispector fez
questão de declarar: “cada vez que eu vou escrever, é como se fosse à primeira
vez. Cada livro meu é uma estreia penosa e feliz”.
Escrever exige
competências de diversas ordens. Mas é fato considerarmos não se tratar de dom
divino. É um exercício constante do aprender fazendo. Lembrei-me que quando
comprei meu primeiro notebook (na finada loja Yamada, em Santarém) me comprometi
que escreveria constantemente. Imaginei-me criando em meu blog um editorial
semanal que ao dia determinado postaria ali um texto de assunto relevante do
momento. No pensamento seria um Millôr caboclo. Não cumpri com a promessa.
Passei a perceber que, no meu caso, os textos não me obedeciam. Controlavam o
tempo próprio de gestação. Uns nasciam rebeldes à fecundação de alguma leitura
especifica. Outros, ainda que fecundados de leituras e experiências passadas,
tardavam numa gestação quase que própria: sem dia e hora exata para nascerem. E
ainda existiam outros que, prematuros, sobreviviam somente ao primeiro sinal de
pontuação.
A cabeça de quem
escreve fervilha constante de muitas produções textuais, que a qualquer momento
poderão ganhar vida. Exemplo tem diante de teus olhos, meu caro leitor. Saiba
que esse texto por dias foi ruminado e ao passo da primeira linha escrita
desviou-se de seu objetivo primeiro e caminhou por linhas próprias.
Intuição? Talvez estivesse apenas adormecido. Quem sabe fruto de leituras e reflexões
passadas? Mencionando o passado, lembrei-me da leitura da Odisseia motivada
pela grande mestra América Mota, na formação do Propedêutico, no Seminário São
Pio X. As aventuras do valoroso Ulisses me motivaram a escrever textos com a
essência do herói. De igual maneira, Fabiano, de Vidas Secas. Eis uma das
condicionantes para se produzir textos: leitura prévia.
Enfim, que para cada
texto ceifado no primeiro parágrafo possa nascer mais dois. Pois, a única coisa
que não pode jamais acontecer, para quem escreve, é deixar de escrever.
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