Quando
iniciamos o aprendizado de aprender a fotografar tudo se torna fotografável aos
nossos olhos. Logo, o nosso álbum virtual cresce de tal forma que não conseguimos
mais espaço para guardar tudo aquilo que clicamos. E como imagens essas
capturas ganham simbolismo especial ao passo que relutamos muitas vezes em
apagar esta ou aquela imagem. Mas chega o momento em nosso progresso que
precisamos recapturar de forma nova todos os instantes inúmeras vezes clicados
por nós. Temos que matar aquelas velhas imagens!
Uma foto
é muito mais que uma impressão num quadro, ou as curtidas recebidas quando
exposta em rede social. Fotografias são memórias imagéticas. São traduções de
uma vida, de um recorte (a)temporal, de alegrias e tristezas reveladas por meio
de um processo mecânico-químico. Mas uma fotografia não pode tornar mecânico o
olhar do operador da câmera. Por isso, matei minhas fotografias antigas
(deletei literalmente). Pus-me num processo de fazer totalmente novo o velho;
de dar luz a novos ângulos e conceitos próprios.
E hoje,
que comemoramos o dia do fotógrafo mais que nunca (re)pensemos no nosso
conceito de produção de imagens, no nosso conceito de memórias imagéticas uma
vez que, a todos que fazem uso da criação de imagens (fotografando), recebem
também o título de fotógrafos. Sim! Fotógrafos todos são. E por isso, nos
compete o processo de recriação.
Matemos
nossas antigas memórias imagéticas; e façamos vir à luz todas as fotografias inéditas.
Viva
a fotografia!!!
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