Sim!
Somos todos fotógrafos. Mas como assim? Calma, caro leitor. Permita-me a
explicação.
Com
a popularização das câmeras fotográficas nos smartphones, a ação de criar
imagens fotográficas, antes restrita aos fotógrafos profissionais, passou para
a grande massa, que se utiliza de celulares (principalmente) para a captura de
momentos diversos. Hoje, podemos afirmar que em cada ser humano existe um
fotógrafo a espera da captura do momento que mais lhe chamar atenção para o
registro. São fotógrafos de momento, de selfe, de encontros familiares, de
passeios de fim de semana, de balada, que tem em comum o mesmo objetivo:
eternizar em imagem o momento. Talvez
seja essa natureza do fotógrafo que coloca lado a lado amadores e
profissionais. Pois, longe da analogia da qualidade técnica do congelamento do
instante, ambos se fazem do mesmo ofício quando o objetivo é clicar. Amadores e
profissionais podem sim receber o mesmo título: fotógrafos.
Uma
das extensões lógicas de que a fotografia significa, é poder anotar
potencialmente tudo no mundo, de todos os ângulos possíveis (SONTAG, 2004,
P.192). Pressupõe-se, então, que os diferentes níveis de fotógrafos exerçam o
mesmo ato ao “anotar” partes da realidade. Talvez, os amadores, fotografem
mais, pois tudo querem registrar diferentemente dos profissionais que são mais
criteriosos e seletos diante daquilo que desejam eternizar em imagens. Ainda sim,
o ato fotográfico é comum a ambos.
Hoje
tudo termina em uma foto. A necessidade quase obrigatória do registro imagético
de onde estamos, com quem e o que estamos fazendo contribui, e muito, para fazer
nascer todos os dias novos fotógrafos. Muitos inconscientes desse papel.
Por
fim, parafraseando o poeta: fotografar, o modo pouco importa; o importante é
que se fotografe.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Gostou? Deixe sua opinião