Qual mulher já não se interrogou em frente ao espelho, na certeza de que ouviria como resposta ser a mais bela entre todas? Talvez, as sensatas e amadas consigo mesmas não. Mas as narcisistas sim! E de narcisistas é que quero falar.
O
meu olhar para com as mulheres sempre foi de Pequeno Príncipe. A velha máxima
de que só se vê bem com os olhos do coração. Logo, as mulheres por mim eleitas
como bonitas não constavam na lista das dez mais da escola. Assim, nunca dei
muita atenção àquelas que a todo instante sentem uma necessidade de ouvir:
noooossa! Como você é muito bonita; mas você é muito linda; meu Deus... mas que
mulher exuberante... Nunca gostei de enaltecer egos narcisistas. Um homem
apaixonado por leitura, apaixona-se pelo conteúdo e não pela capa de seus
livros.
Mas
o que hoje acontece, é que nossas mulheres (as não amadas de si mesmas)
passavam a cada vez mais interiorizar o sentimento da madrasta má da branca de
neve, numa busca desenfreada pela beleza. E assim, esquecem-se de que não é no
espelho que se encontra a beleza, de que não é no reflexo das águas que nasce o
amor por si mesmas. É sim, em si mesmas. Mas dentro de si mesmas. Pois, a maior
de todas as belezas é a beleza interior. Beleza esta que, só mesmo as belas de
verdade são capazes de revelar a si e ao outro.
Por
fim, afirmo e firmo: eu gosto mesmo é das bonitas...
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