O
branco é o positivo.
O
preto reflete em si o negativo.
Mas
a minha pele não diz quem eu sou,
A
minha mente é quem revela o homem que eu sou:
O
mais amável deste mundo,
Que
é amado por todo mundo.
O
mais terrível de todo o mundo,
Que
é odiado por todo mundo.
Mas
eu também sou iorubá, nego nagô, quissama, songo,
Sou
filho do Murumurutuba, neto do Murumuru, vizinho do Bom Jardim.
Sou
filho do quilombo,
E
trago no lombo, as marcas viventes de um pretérito imperfeito:
Presente
perfeito! Mas que perfeito?
Sou
negro sim senhor!
Minha
cor jamais mudará: é negra!
Mas
a minha consciência é branca.
A
sua pele é branca!
Mas
e a sua consciência? (negra, branca, preta...)
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