Finalizado
o processo de consulta a comunidade acadêmica quanto à escolha do novo reitor
da Universidade Federal do Oeste do Pará – UFOPA é hora de sonharmos a UFOPA
que queremos para os próximos quatro anos, principalmente, no que diz respeito
à expansão dos Campi fora da sede Santarém, que durante os quase oito anos de
vida da Universidade ficaram a margem dos investimentos que se fizeram quase
que, exclusivamente, na Perola do Tapajós.
quinta-feira, 7 de dezembro de 2017
Os novos rumos que queremos para os Campi da UFOPA fora da sede
Creio
que a principal medida é tornar nossa Universidade verdadeiramente Multicampi,
pois assim ela foi criada pela Lei nº 12.085, de 5.11.2009.
E muito embora esse caráter seja expresso em lei ainda é
muito comum se referirem aos Campi fora de sede como um “Campus do Interior”.
Ora? Mais interior de qual capital? Da futura capital do Estado do Tapajós? Mas
que uma denominação essa relação entre os Campi quando posta como sede e interior nos remete a um processo
de interiorização da educação superior (basta lembrarmos o exemplo da UFPA em
Santarém) e por trás desse tipo de visão está o pensamento de que a sede (no
caso Santarém) deve concentrar sempre os primeiros investimentos. Mas nossos
Campi localizados em seis municípios nasceram concomitantemente às unidades da
UFOPA em Santarém. Vale aqui esclarecer que quando a Universidade foi criada,
os cursos, que naquela ocasião se concentraram somente em Santarém deveriam
também ser instalados nos municípios onde se teria um Campus. Como também os
códigos de vagas para servidores técnicos e docentes, sem falar nas funções
gratificadas e cargos de direção (hoje alocados quase que exclusivamente na
sede).
Assumida a postura
Multicampi o que vislumbramos é uma expansão do que hoje já temos ou começamos
a ter. Recentemente, a gestão atual, “oficializou” o funcionamento dos Campi
com os primeiros cursos regulares. Mas não deixando esquecer que a UFOPA funcionava
desde 2010 e nesses municípios com a oferta do PARFOR. E que desde 2010
servidores técnicos administrativos já atuavam em espaços cedidos pelas
prefeituras (salas, nas muitas das vezes sem o mínimo de estrutura para o
desenvolvimento adequado do trabalho).
Hoje, nossos Campi em sua
maioria funcionam apenas com um curso superior, queremos em médio prazo sonhar
com pelo menos mais um curso que seja escolhido levando em conta o real
potencial de desenvolvimento do município (e não uma escolha como foi feita com
os cursos atuais que até hoje não se sabe quem foi o responsável por
escolhê-los). E além de cursos superiores queremos pós-graduação, implantação
de laboratórios, espaço físico adequado, novos servidores técnicos e docentes,
bibliotecas que atendam nossos acadêmicos, e principalmente casa própria (para
aqueles Campi que estão iniciando no aluguel). Queremos também ser ouvidos no
processo de tomada das decisões de nossa Universidade.
Por fim, que o sonho
poético da chapa vencedora expresso na poesia abaixo se torne carne e osso no
dia a dia de nossa Universidade.
É chegada
a hora de nos conciliarmos com um novo tempo.
O tempo
de congregar os excluídos,
Dos que
ainda nem nasceram
E dos
natimortos.
Acabou-se
o tempo do "não",
Das
gavetas, do fona.
Acabou-se
o paredão.
Acabou-se
a maratona.
Vamos
depor as armas,
Os
escudos.
"Forjar
de nossas espadas relhas de arados"
Para
alimentar nossos miúdos e suas fadas.
Vamos desmontar
o circo e partilhar o pão.
Brindar
ao vinho que plantarmos juntos.
Fazer crescer
esta nação de todos os campos,
De todos
os cantos,
De todos
os prantos.
De todas
as almas de chão.
Para
explodimos em alegria e êxito..
Porque o
povo esperou e espera o que não veio.
Seremos
unos na messe do que virá
Como um
inabalável esteio.
Juntos a
ombreamos os novos rumos de nosso caminho sem pedra,
Sem medo, sem hesitação.
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