quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Forte Pauxis. E a reforma que nunca acaba



No último dia 11 de fevereiro, o imponente Forte Pauxis completou mais um ano. Aniversário não de construção da obra. Mas de uma reforma que já se encontra parada há mais de 3 anos. Isso mesmo. Três longínquos anos.
Iniciada em 15 de agosto de 2011, a obra de restauro e requalificação do Forte deveria ter sido entregue a comunidade obidense no dia 11 de fevereiro de 2012. Vale ressaltar, que essa obra foi incluída nas ações prioritárias para 2010, dentro do programa PACH (PAC Cidades Históricas) do Minc/IPHAN. E mais, por sua rica condição histórica a Fortaleza Pauxis está incluída com destaque no roteiro histórico turístico do Estado do Pará (imagine se não estivesse).
O Forte de Óbidos, como também é conhecido, parece não ter mais a mesma importância estratégica do passado. Lógico que não mais me refiro como ponto militar. Mas como um espaço de difusão do turismo. Aliás, consta no projeto que depois de restaurado e requalificado, o Forte deverá funcionar como espaço turístico de Óbidos. O prédio abrigará museu, brinquedoteca e biblioteca, sala de exposição multiuso de média temporada, cine-auditório, lanchonete e oferecerá acesso à internet aos frequentadores.  E o que falta para que o espaço seja finalmente entregue a comunidade? Vontade política? Cobrança da população? Dinheiro?
E por falar em dinheiro, o projeto inicial foi orçado em R$ 2.283.080,69. Sendo que desse total a Prefeitura Municipal de Óbidos deveria entrar com a contrapartida de R$ 114.154,03. À época, a prefeitura alegou não ter o montante (mas parece que teve para o carnaval). Outra alegação por parte da prefeitura para justificar tal demora se deve ao fato da dificuldade de encontrar materiais para compor a estrutura original da obra e os entraves da burocracia.
Será preciso que Portugal venha reconstruir a nossa história? Visto que a Fortaleza Pauxis é apenas um dos muitos monumentos deixados à própria sorte em Óbidos.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Gramática Social


E falo sempre apressadamente
Por medo dos meus patrões perceber:
A minha falta de concordância verbal,
A minha falta de concordância nominal.
Marcando apenas o termo determinante,
Negando ao determinado a condição que lhe é devida.
Assim como na sintaxe
Eu também desconheço as regras do jogo da minha própria vida

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

O Tempo




Que é o Tempo? O tempo passa? Não passa, diria Carlos Drummond.

Mas esquivando-se da poesia o tempo parece não ser o mesmo para todos.

Ele passa. E passa rápido. O tempo não para cantaria Cazuza.

Em certa ocasião da vida se perceberá que há mais tempo passado do que tempo ainda há ser vivido.

Se comerá mais devagar saboreando bem os alimentos...

Olhei-me defronte ao espelho e percebi que meus anos encurtaram. Ou melhor: o tempo passou e eu não vi? O tempo chegou e eu não percebi? O tempo o foi o tempo necessário de que precisei para viver? Faltou tempo?...

Tempo curto... para as muitas coisas que quis fazer.

Tempo demais... que pelo excesso de tanto tempo não aproveitei o tempo que tive para viver.

Foi-se o meu Tempo...

Chegou o meu Tempo...

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Carnapauxis: Modelo de Carnaval para Santarém?

Multidão tomando conta das ruas de Óbidos


Terminada a maratona carnavalesca, e mesmo tenha o folião brincado e se divertido no carnaval santareno, o que se ouve e lê é que a felicidade não foi completa, pois faltou isso ou aquilo por parte da administração pública (animação, organização etc.). E segundo essas mesmas informações, o que faltou em Santarém sobrou no já conhecido Carnapauxis de Óbidos. Sendo assim, uma pergunta torna-se inevitável: seria o Carnapauxis a salvação para o carnaval de Santarém?
Carnapauxis: diz-se festa emanada da cultura obidense, no qual a figura maior é a do Mascarado Fobó, que baila pelas ladeiras da cidade presépio jogando amido de milho naqueles que o assistem de frente de suas casas, ao som das tradicionais marchinhas (ou dos sucessos mande in Bahia). Ao final do percurso pelas ruas, os blocos chegam ao Fobódromo. E ali a festa continua ao som das bandas locais animando a massa, que dança e brinca na maior felicidade do mundo “sujando” uns aos outros com amido de milho. Então, selecionar e dar Ctrl V no carnaval daqui injetaria mais ânimo no carnaval de lá?

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Exposição Carnapauxis 2015: a festa do Mascarado Fobó



O turista, visitante ou até mesmo morador de Óbidos terá, até o termino deste carnaval, a oportunidade de conhecer um pouco da história dos blocos que fazem do carnaval daqui o melhor carnaval de Rua da Amazônia. São estandes que estão abertos à visitação na Casa de Cultura, antigo Quartel.
Confira um pouco da mostra nas fotos. 









quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Reflexões sobre a origem do Mascarado Fobó Obidense



De que o Mascarado Fobó é a estrela cultural maior do carnaval obidense, isso a maioria dos foliões já sabe. Mas o que, tanto os foliões que acompanham o compasso do mascarado vestido de roupa inusitada pelas ladeiras, ou mesmo, os simpatizantes que apreciam a passagem desta personagem em frente de suas casas desconhecem é a ainda não tão bem explicada origem do famigerado folião. A princípio, a provável origem do nome Fobó vem de terras de muito além-mar e nos conduz ao mito grego do deus Fobos (Phobos = medo), filho de Ares (Marte), o deus da guerra. Narra o mito, que os soldados usavam a figura de Fobos nos escudos nos campos de batalha para assustar os inimigos. Seria essa a significação do nosso mascarado? Um misto de “palhaço alegórico” que, embora compassei ao som das marchinhas, ao mesmo tempo, assusta e causa espanto?
Parece não haver na literatura escrita obidense fatos que comprovem a origem do misterioso personagem. Tudo o que se sabe hoje, advém do conhecimento coletivo que ao longo dos anos vem sendo transmitido aos mais novos. A explicação mais comum que se tem por aqui, copiada em praticamente todos os sítios obidenses, diz que o Fobó “é um misto de risos, medo, admiração e alegria; ora causa espanto às crianças que o temem por suas bexigas, ora causa risos, mas também, aguça a ira das pessoas que, banhadas em suas portas ou nas esquinas, recebem do Fobó polvilhadas de Maisena”. (CD Carnapauxis: a festa do Mascarado Fobó. Óbidos). Embora, o encarte tente definir o Fobó obidense fazendo-nos crer numa possível analogia, no mínimo etimológica, ao Phobos grego, o pequeno texto não lança luz sobre a origem do misterioso mascarado.
Se navegarmos até a cultura popular da nossa irmã portuguesa perceberemos que além do mesmo nome a Óbidos de Portugal mantém parentesco cultural com o Mascarado Fobó daqui com o seu Careto: personagem que utiliza máscara confeccionada de madeira.   Teria então nosso folião chegado em terras amazônicas por meio da difusão cultural portuguesa que se teve por aqui com a chegada dos primeiros colonizadores? Tese parecida também pode ser encontrada em outro encarte de Cd quando afirma que “o carnaval obidense teve suas primeiras manifestações no século XVIII, quando a cultura de Portugal chegou ao Brasil sob o nome de Entrudo, que era um desafio travado entre as famílias tradicionais simbolizando a alegria da época da quadra momesca, tradição essa que somente em 1918 deu lugar ao então chamado carnaval”.
Indefinições... Mas o certo mesmo é que o Mascarado Fobó ainda vive na cultura do carnaval obidense, o CARNAPAUXIS (embora apareça quase que exclusivamente no Bloco Unidos do Morro). Talvez não mais na mesma proporção do passado. Talvez não mais como questionador político. Ou até mesmo, sem o poder de ser assustador. Ou, ainda, sem as peripécias que um dia o caracterizaram. Mas ainda sim, sem deixar a mascara cair. Sem deixar ser “manjado”.

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Campus de Óbidos/Ufopa realiza prova do Processo Seletivo Especial Quilombola 2015, na manhã deste domingo

Como parte do processo de seleção ao ingresso na primeira turma da Ufopa em Óbidos, curso de Pedagogia, realizou-se na manhã de hoje, nas dependências do Campus, a aplicação de prova de interpretação textual aos candidatos inscritos por meio do Processo Seletivo Especial Quilombola 2015.  

Os portões de acesso ao prédio foram abertos às sete horas, pontualmente. Não demorou muito, e boa parte dos candidatos foi chegando. Às oito horas os portões foram fechados.  

A prova constou de 04 questões discursivas, as quais os candidatos deveriam responder conforme a leitura dos textos. De um total de 35 inscritos para realizarem a prova em Óbidos, apenas 04 faltaram.

A divulgação do resultado da prova está marcado para o dia 18/02/2015, conforme cronograma estabelecido. Os candidatos devem acompanhar todo o processo pelo sítio da instituição clicando AQUI.