quarta-feira, 28 de maio de 2014

Texto 02: A Redação no Enem


Olá caro leitor. Neste segundo post vamos falar sobre um tema que, para muitos, é tido como o bicho papão do Enem: a redação. O nosso objetivo hoje é desmistificar a ideia de que “redacionar” é algo muito difícil, coisa de poucos iluminados.
Para que o candidato faça uma boa redação ele precisa, primeiramente, ter em mente o que de fato é uma redação. A primeira vista esse tipo de reflexão pode soar como uma obviedade desnecessária. Mas cá entre nós: muitos candidatos não sabem o que é isso. E os que sabem (ou assim afirmam) respondem de forma categórica: redação é um texto com inicio, meio e fim. Não estão errados. Mas a redação vai muito além disso.
É preciso saber que o texto a ser dissertado no dia da prova é parte de um gênero textual que requer que sejam seguidas algumas normas (falaremos dessa estrutura futuramente). Porém, antes mesmo de aprender essa estrutura dissertativa é de fundamental importância ter conteúdo para escrever. E esse conteúdo nada mais é que o arcabouço de leituras feitas pelo participante ao longo de sua vida intelectual. Sem leitura, nada feito!
De forma particular, a redação do Enem é bem simples e fácil. Isso mesmo: fácil. Não lhe é exigido nota mínima de aprovação. Você pode escrever só 7 linhas que ainda sim seu texto será corrigido (mas vale lembrar: o que diz um texto de 7 linhas?).  O que vale mesmo é atender a proposta que a prova pede. Nada de querer fazer um texto rebuscado, pomposo... Uma escrita simples, mas coerente e coesa já é quase certeza de uma boa nota. E como chegar nesse texto final? O candidato precisa conhecer as estruturas que regem o texto dissertativo. É o que vamos ver nas próximas postagens.

domingo, 25 de maio de 2014

A Espera


Espero pelo esperado que parece que não quer chegar.
Mas sei que vai chegar. Bem queria que fosse amanhã,
Ou tivesse sido ontem...
Essa demora me demora a está alegre
Satisfeito com o feito. Pois, muitos tentaram e poucos conseguiram.
Assim fico só esperando por aquilo que já esperei e,
Por aquilo que ainda espero. Já que só posso esperar...
Mesmo sabendo que só posso esperar
As vezes não sei esperar.
Ficar sentado, deitado, lendo para o tempo passar,
Para o tempo chegar, me agonia.
Me faz querer correr com o tempo
Me faz sonhar com o dia mais que esperado que eu só posso esperar.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Resenha do livro: Para ler literatura como um professor, de Thomas C. Foster



FOSTER, Thomas C. Para ler literatura como um professor (tradução Frederico Dantello). São Paulo: Lua de Papel, 2010.

Você, caro leitor, alguma vez na vida já teve a sensação de ao ler um livro não conseguir penetrar nas entrelinhas? Ou nas aulas de Literatura na escola, na hora em que o professor explicava os sentidos de determinada obra literária, ficava perdido sem saber de onde vinham aquelas explicações? Então, que tal contar com “um guia ágil e curioso que ensine a ler nas entrelinhas” e, além disso, torne a sua leitura literária tal qual a de um professor? Pois é isso que se propõe o livro Para ler literatura como um professor de Thomas C. Foster. Mas vejamos se o livro cumpre aquilo que promete.
Dividido em 27 capítulos, Para ler literatura como um professor aborda em cada capítulo um tema especifico, como por exemplo: o acordo macabro logo na introdução. Cada tema é desenvolvido a partir da citação de autores da literatura universal como Goethe e Kafka. Mas não espere o leitor encontrar nesses capítulos meios teóricos de entendimento para obras como poesias ou enquadramento de romances em escolas literárias, apesar de o livro propor-se a ser um guia. No mais, a maneira pela qual Foster escolheu para desenvolver os capítulos de seu livro contribui no sentido de conduzir o leitor (principiante) a relacionar as obras que já leu.
A proposta do livro é questionável. O que seria ler literatura como um professor? Será que a leitura “correta” é apenas a que o professor de literatura expõe, ou entende enquanto leitor graduado? Seria então a leitura do aluno, ou a do leitor iniciante descartáveis? Longe de qualquer aproximação com o texto lido? E mais, haveria possibilidade de se extinguir as leituras que as entrelinhas de um livro propõem? São questionamentos que um leitor despercebido dificilmente faria. Mas como a minha formação em Letras atenta para isso, alerto esses possíveis leitores.
Apesar de alguns pontos frágeis no livro, que como já disse, são passiveis de questionamentos, Thomas Foster soube apresentar no livro o sentido metafórico do emprego de alguns termos ou palavras ao demonstrar para o leitor, com um tema atual, que nem sempre “um vampiro, é só um vampiro”. 
E afinal, recomendo ou não este livro? A resposta é clara: recomendo aos leitores iniciantes.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Fotografia: um olhar fotográfico sobre o Porto da Praça Tiradentes


Que o Porto da Praça Tiradentes em Santarém é de péssima estrutura todo mundo já percebeu. Mas o que poucos puderam perceber ainda é que, num ambiente de vai e vem de pessoas e mercadorias existe uma beleza escondida que só um olhar fotográfico é capaz de capturar.
São viajantes locais e estrangeiros em passadas descompassadas naquela velha balsa. Pessoas que se debruçam sobre as laterais dos barcos esperando o momento da partida.

Outros são vendedores desde laranjas a salgados em bicicletas.

Outros carregam cargas e bolsas dos passageiros. E outros, em menor quantidade, assim como eu, apenas observam este movimento.