sábado, 29 de setembro de 2012

O que se estuda no Curso de Letras?


Muitas pessoas que gostam de escrever e almejam um dia publicar um livro pensam em cursar Letras, pois creem que tal curso poderá aprimorar o domínio da escrita que já possuem. Infelizmente, o foco do curso não é este. E nem caminha por essa tangente. Então, o que se estuda no Curso de Letras?
Costumo classificar o Curso de Letras – habilitação em Língua Portuguesa – em 3 grandes eixos de estudo: a) Língua Portuguesa; b) Linguística; c) Literaturas (portuguesa e brasileira);
A Língua Portuguesa que aqui me refiro não é esta estudada e ensinada na escola. Muito pelo contrário do que se pensa, nós acadêmicos não passamos noites a fio empenhados no estudo cru da gramática (normativa). Por falar em gramática, na academia se aprende que não existe uma só gramática, mas gramáticas. Se “não estudamos a gramática” ensinada nas escolas, o que estudamos então? O aspirante a professor de língua portuguesa estuda o fenômeno linguístico da nossa língua. Nisso a Linguistica é muito debatida durante todo o curso. E essa Linguistica, o que é isso? É uma ciência que tem como foco principal de estudo a linguagem. Para ela não importa discutir a maneira “correta” de se dizer tal frase, e sim a comunicação entre os falantes. Por fim, estudamos as Literaturas. Isso mesmo: Literaturas. Dependendo do seu curso você poderá estudar literaturas diferentes. No meu caso estudo apenas a Literatura Brasileira e Portuguesa. O estudo dessa literatura não tem por fim tornar o acadêmico escritor, ou despertar nele a veia sentimental dos sonetos líricos. Sua função é percorrer a história dos diferentes períodos literários numa Teoria Literária que não prepara o postulante a professor para o ensino da literatura nas escolas.
O curso gira em torno disso. Porém, temos ainda as chamadas disciplinas pedagógicas que são estudadas no final do curso. Bem como os estágios de observação e regência e o TCC.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Oficina: ... para cada objetivo, um texto diferente: conhecendo os gêneros textuais.


alunos em atividade
Desenvolver no aluno o interesse pela leitura, e como recompensa, torná-lo um escritor competente, não tarefa das mais fáceis. Mas esse processo pode tornar-se menos sofrido caso o professor leve para a sala de aula os diversos gêneros textuais. Foi exatamente esse o pensamento que tive ao planejar as oficinas que ministro no Mais Educação. Parto do seguinte princípio: o aluno, para fazer determinado texto, precisa, primeiramente, ter contato com um exemplar de texto que ele pretende fazer. Conhecer o gênero textual, ter contato com ele, para depois fazê-lo. Com esse objetivo levei para a sala: revistas, músicas, jornais, CD’s, contrato de imóvel, cartas, email, blog, facebook. Dividi as turmas em 05 grupos de 05 alunos cada distribuindo entre eles os gêneros já citados com o objetivo de que os alunos respondessem a: 1) qual o tipo de gênero? 2) quais as características? 3) qual o destinatário? Cada equipe produziu um cartaz que em seguida foi explicado para toda a turma.
O que consegui com isso? Apresentar diferentes gêneros textuais e fazer com que o aluno percebesse que para cada ato comunicativo existe um tipo de texto específico, pois, futuramente, o aluno, produzirá esses mesmos textos.  

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Mais Educação na Escola Ubaldo Corrêa

Já iniciaram, durante esta semana, as Oficinas do Programa Mais Educação na Escola Municipal de Ensino Fundamental Deputado Ubaldo Corrêa. As Oficinas desenvolvidas são: Letramento, Matemática, Xadrez, Karate, Dança e Educação Ambiental (horta)
O Programa Mais Educação atende especialmente os alunos com baixo rendimento escolar. Os alunos matriculados passam mais tempo na escola. Todas as atividades tem por objetivo trabalhar de forma dinâmica as necessidades dos alunos.


domingo, 16 de setembro de 2012

A Professorinha

“És também professor”?

Perguntou ela fitando diretamente em meus olhos. Confuso e sem entender o por quê da pergunta, respondi de forma seca e cautelosa:
“Não! Sou aluno também”.
Aquela volta às aulas parecia um inicio de um conto, desses em que o autor narra uma aventura amorosa ou se restringe em apenas contar o desejo do aluno em relação a sua professora.
Imaginava, naquele ano, perder a aversão ao português à inabilidade com as palavras. Mas o que seria talvez a minha salvação tornou-se fruto do meu pecado.
Apresentava-se em sala de aula de forma provocante, sensual. Dominava aparentemente a língua portuguesa. Sua forma de se expor à frente fitava os olhos de seus alunos em sua direção. E eu tímido e indiferente fazia em minha mente comentários a seu respeito:
“Que mulher linda. Que pernas atraentes”.
O objetivo que me prendia em sala de aula já não era o gosto em aprender e sim em fantasiar cenas de amor tendo como atriz principal ela que atendia pelo nome de SIMONE.
O querer nem sempre é poder. Podia admirá-la de qualquer forma mas no obscuro de minha mente vinha aquela voz me dizendo “esquece ela não esta ao teu alcance.” E eu sonhador sempre ignorava essa voz.
Ao chegar à escola sempre me colocava a frente do seu corpo só para apreciar suas curvas e linhas. E numa dessas apreciações pude vê o que se escondia por detrás daquela mini-saia tentadora. Qualquer homem naquele momento daria a vida para esta no meu lugar. Meu desejo sexual ate então adormecido despertava naquele momento.
Fiquei tolo por alguns segundos igualmente um menino ao ver pela primeira vez uma mulher despida. E aquela cena perfeita do paraíso diante dos meus olhos seduziu minha imaginação para o surreal. Ouvia-a dizer-me: “queres vê o que tenho de melhor?”.
Numa noite de forma inesperada fui surpreendido pela presença de minha musa educadora ao meu lado. Ela dizia-me ter entregue a uma de minhas colegas um bilhetinho desses que recobrem mentas. Meu pensamento confundia-se. Queria ter em mãos aquele bilhete para desvendar a expressão do amor contida nele. E na ânsia do saber imediato não esperei pelo tempo corri em direção a minha colega com a resposta imaginaria da equação do amor. Tristeza profunda. Melancolia eterna. Esta o perderá. Sim, agora minhas suposições se voltavam para onde será que estaria o meu papelzinho de menta mais valioso do mundo. Porém, a surpresa maior estava por vir.
A ousadia era a marca singular daquela educanda do amor. Não seria mas preciso procurar nos quatro cantos do mundo por aquele bilhetinho. Ele estava ganhando forma bem diante dos meus olhos. Sim! Ela transcrevera no meu caderno a equação do amor que dizia: “falta pouco para eu te dar um beijo”. Senti-me o máximo. Logo eu inabilitado para com as mulheres recebera um bilhete da mais formosa e sensual professora da escola. Se antes disso me sentia confuso, agora achava que iria enlouquecer. Lia dez, vinte, trinta... ate cem vezes por dia aquela frase. Tudo o que é bom, dura o tempo necessário para ser inesquecível. No momento em que eu iria solucionar a tão árdua expressão do amor com uma resposta prática, meu desejo se fizera por acabar. Estava eu em casa a despertar. “Ah... ah... ah...”.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

FOTOGRAFIA: Natureza Amazônica




       Que outro lugar no Brasil (e talvez no mundo) podemos ter a natureza como extensão do quintal de nossa casa? Creio que só mesmo aqui na Amazônia.
Aqui, homem (sim, aqui tem gente vivendo) e natureza compartilham, por vezes, o mesmo espaço.
Diariamente sou acordado por uma ópera de passarinhos que se apresentam pontualmente, aos primeiros raios solares, nas árvores do meu quintal. Uma sensação única de se sentir parte desta natureza. Além disso, vejo-os, ainda, alimentarem-se durante todo o dia.
Além de pássaros, jabutis caminham livremente pelo quintal demonstrando que esta natureza é amazônica. Única!

Capela do Bom Jesus em Óbidos