sexta-feira, 22 de março de 2013

As peraltices de Jhone Boy: um curumim fora da lei

O nome fora dado pelo papai em homenagem aos artistas de filmes de bang bang. Se fosse pela mãe teria sido um nome da folhinha dos santos, ou como segunda opção, de um ator famoso da novela das nove. O fato é que o nome escolhido foi Jhone. Muito incomum em meio aos Franciscos e Joãos da beira do Tapajós (e dizem que por lá, agora, os filhos só tem nome de estrangeiro). Mas não era só no nome que o pequeno era diferente dos curumins. Logo cedo deixou de lado o leite materno para tomar, escondido, mamadeiras de caldo de acari. Detestava as cantigas de roda. Alegrava-se com as canções de Raul Seixas que o pai ouvia em fita num velho som 3 em 1 Panasonic. Aliás, a sua única cantiga de nina era “Cowboy Fora da Lei”. E essa seria a trilha sonora de sua vida.
O curumim era mesmo travesso. Passava o dia que Deus lhe dava fazendo macaquices. Mas seus pais e vizinhos pensavam que eram apenas brincadeiras. Pobres adultos! Como a casa era quase dentro do pasto o pequeno, assim que aprendeu engatinhar até o batente da porta, atormentava os bezerros puxando-lhes o rabo. Era o início de uma vida bandida. Logo, estava a “malinar” dos menores e mais idosos.
Dizem que os pais foram cúmplices do curumim. Assim que ele começou a equilibrar-se sozinho o pai construiu um andador de madeira plainada (muito comum nos interiores da Amazônia). Mas pra quê? Agora motorizado, o pequeno esbanjava seu ar boçal pela pequena vila. Empurrava alucinado sua motoca. E ai de quem não recolhesse o pé. Ele passava mesmo por cima e ainda dava macha-ré ao som de altas gargalhadas. E assim fez a sua primeira vítima: dona Marisó a benzedeira da vila. Crime? Uma unha arrancada. O castigo? Uma chinelada no bumbum. Mas pra quê “cabuco”! Olha só o que aconteceu...
Foi no dia da Festa da Santa. Na noite do leilão das iguarias. Lá estava nosso curumim com seu possante. Na manhã desse mesmo dia ele planejou espalhar o caos na festa. Soltaria uma bomba “gaso-venenosa” a base de cará roxo, feijão, repolho, macaxeira e ovo de galinha caipira comidos na noite anterior. E armou-se! Pendurou em sua motoca a corda de “peiá” a vaca do pai. Já na festa tocou o terror. Primeiramente, um pum de alerta. A mãe, precipitada, tirou-lhe a fralda e o pequeno escapuliu rumo à mesa do tacacá, vatapá e bolos. Atrás dele o rastro de tudo aquilo que havia comido na noite anterior. O odor, diziam os mais antigos, parecia piché de peixe moído, ou de mandioca podre. Até aí tudo bem. Era só tampar o nariz e degustar das iguarias. Mas antes que a mãe do curumim o pegasse para limpá-lo ele, como num ato de vaqueiro profissional, pegou a corda do seu possante e laçou a mesa sobreposta com as iguarias do leilão jogando quase tudo no chão. E pior: em cima do seu rastro de sujeira fedida.
Nascia assim o mito. Mais malino que boto furador de malhadeira. Mais temido que velho virador de bicho. Era ele: Jhone. Jhone não. Jhone Boy um curumim fora da lei.

segunda-feira, 18 de março de 2013

FOTO/POESIA: O Tempo de Marcionila

Sim. Ele tinha razão: “O tempo tem tempo de tempo ser/ O tempo tem tempo de tempo dar...”. Mas para mim, esse mesmo tempo foi algoz: não se deu tempo de tempo dar e eis que chegou sem me avisar. Quando me pus em frente ao espelho percebi os primeiros fios brancos, a quarta ou quinta ruga, a mancha em meus olhos... Percebi então, que eu era o próprio enigma da esfinge ao entardecer da vida. Deixei de ser mãe para ser filha...
Hoje já não vejo. Mas sinto que esse mesmo tempo ainda tem tempo de tempo dar, há outro tempo que na noite possa correr ou que de dia possa chegar...

Análise da obra O Primo Basílio, de Eça de Queirós

De autoria de José Maria Eça de Queirós, O Primo Basílio é uma “fotografia” que revela a falsa moral presente nas famílias, aparentemente, de bem da sociedade burguesa de Portugal. Narrado em terceira pessoa, o tema central do livro é a infidelidade amorosa cometida por Luísa para com seu marido Jorge. O grande amante dessa situação é Basílio primo de Luísa, e que no passado foram amantes juvenis. Além da infidelidade, essa relação proibida dos amantes, gera uma ação de chantagem por parte da criada Juliana.
O enredo
Como já citado, a trama gira em torno do ato de traição que Luísa, esposa de Jorge, realiza com seu primo Basílio. Embora o casal Jorge e Luíza levasse uma vida feliz perante aos olhos da sociedade, a monotonia desgastava a relação dos dois. O que abriu portas para a infidelidade de Luíza, já que não se sentia mais amada e completada pelo homem com quem dormia. Aliás, na descrição que o próprio Eça de Queiróz faz na carta a Teófilo Braga, Luísa é "a burguesinha da Baixa" (Lisboa, Cidade Baixa): urna senhora sentimental, sem valores espirituais ou senso de justiça. “É lírica e romântica, ociosa e nervosa pela falta de exercício e disciplina moral”. E como diz o velho ditado: quando não se encontra em casa, procura-se na rua. Luísa foi buscar nos braços do primo o amor que lhe faltava. Basílio envia uma carta à prima dizendo de sua chegada. Logo que chega visita à prima na ausência de Jorge e percebe a fragilidade sentimental que a prima estava passando. Logo depois de uma nova visita Luíza entrega-se de corpo e alma ao primo. Os encontros fortuitos tornam-se quase que diários, até a criada Juliana começar a desconfiar do ato infiel. A criada consegue uma carta que Luíza entregaria ao amante e a partir daí começa um jogo sórdido de chantagem. Por fim, Jorge descobre por ventura as aventuras infiéis que sua mulher cometia desfechando o romance numa tragédia romântica que bem já conhecemos.
Mas todo esse enredo, todos esses personagens simbolizam muito para o entendimento da obra. Uma das características do Realismo é a critica a sociedade, ao caráter anticlerical. Tudo isso por meio do comportamento humano. E que exemplo melhor Eça de Queirós poderia nos proporcionar ao narrar à sedução e adultério dentro de uma família “exemplo de fidelidade, da boa moral e dos bons costumes”? As personagens em O Primo Basílio representam a tipificação do homem. Com aparições, no romance, sua presença se faz sentir pelo papel social que representa: é o marido. E a forma como poderá reagir à infidelidade, é especulada pelo narrador através, de outro personagem, Ernestinho , autor medíocre que prepara uma peça teatral sobre um caso de adultério, pede a Jorge uma opinião sobre o final de sua obra. Um marido deve matar a mulher adúltera? Luíza, o motivo que a leva a se entregar a Basílio, de acordo com as reflexões de Eça, nem ela sabia. Uma mescla da falta do que fazer com a "curiosidade mórbida em ter um amante, mil vaidadezinhas inflamadas, um certo desejo físico...". Já Basílio, em momentos de maior dramaticidade, quando começam a enfrentar as consequências do adultério, o seu cinismo fica mais evidente: ele pensa apenas que teria sido mais vantajoso trazer consigo uma amante de Paris. Juliana se conduz pela revolta (não suporta sua condição de serviçal), pela frustração (fracassou na tentativa de mudar de vida), pelo ódio rancoroso contra a patroa (ódio, na verdade, contra todas as patroas que a escravizaram por 20 anos).
Segundo palavras do próprio autor, o Romantismo "... em lugar de estudar o homem, inventava-o. Hoje o romance estuda-o na sua realidade social. (...) Toda a diferença entre o Idealismo e o Naturalismo está nisto. O primeiro falsifica, o segundo verifica". Em O Primo Basílio o homem é observado como um animal: suas ações não são frutos de sua vontade, mas parece derivar de um determinismo que está aquém dele. Vemos isso na figura da criada Juliana que tem suas ações justificadas pela vida que levou.
Outra característica realista presente na obra é maneira descritiva das ações e espaços em que os personagens estão inseridos. Diferentemente do Romantismo em que o ato descritivo dispensava os por menores, no Realismo a descrição é feita amiúde. O autor procura nos colocar dentro da ação descrita, pois tamanha é a riqueza de detalhes. O que também se diferencia do Romantismo, é “contaminação” dos personagens até mesmo o protagonista. Luíza não é pura, fiel, obediente como Joaninha. Espelha o que há de pior numa esposa: a infidelidade amorosa.
Por fim, o livro inova a criação literária da época, oferecendo uma crítica demolidora e sarcástica dos costumes da pequena burguesia de Lisboa. Eça de Queirós ataca uma das instituições consideradas das mais sólidas: o casamento. Com personagens despidos de virtude, situações dramáticas geradas a partir de sentimentos fúteis e mesquinharias, lances amorosos com motivações vulgares e medíocres - tudo isso, ao mesmo tempo em que ataca, desperta o interesse da sociedade de Lisboa. Eça de Queirós explora o erotismo quando detalha a relação entre os amantes. Inova também ao incluir diálogos sobre homossexualismo.

Referências bibliográficas
QUEIRÓZ, Eça de. O Primo Basílio. 1°ed. São Paulo: Martin Claret, 2007.
MOISÉS, Massaud. A literatura portuguesa. 33°ed. São Paulo: Editora Cultrix, 2005.


sexta-feira, 15 de março de 2013

Mil razões para você ter um blog!

Embora existam milhares de blogs nesse mundão da internet, muitas pessoas ainda desconhecem a sua funcionalidade e importância.
Quando surgiram foram classificados como uma espécie de diário virtual. A cada dia, como o próprio nome sugeria, o autor postaria momentos de sua vida. Como muitos faziam no antigo diário de papel. Mas o conceito de blog evoluiu e sua funcionalidade e importância também.
Da metade da década de 2000 para cá, com o discurso de inserção das mídias digitais no ensino-aprendizagem e na vivência da sociedade, participar ou criar uma página virtual virou quase uma obrigação. O antigo blog como diário virtual quase deixou de existir e passou a funcionar como página de informação. Á semelhança de sites diversos.
Mas o que um blog tem de tão diferente das demais mídias?
Primeiramente, quem cria um blog elege postar sobre determinado assunto. Assim, vê-se obrigado a pesquisar. Diferente por exemplo do facebook em que a escrita “errada” é aceita no blog jamais isso pode acontecer. Um blog em que a linguagem padrão não é obedecida é desprestigiado. Isso obriga o autor a policiar-se com relação a escrita. E o mais importante: ser o próprio revisor de seu texto. Dessa forma também exercitará a própria escrita.
Muitos podem pensar: por que vou me matar estudando um assunto para depois postá-lo para outros copiarem? 
Em primeiro lugar, quem produz o texto produz para si conhecimento. E em muitos casos o blog serve de um auxílio, de uma proposta para o leitor sobre o assunto que ele procura. Se no caso o proprietário de um blog for professor mais ainda lhe será importante. Creio fielmente na máxima de que só se sabe realmente um assunto quando somos capazes de escrever sobre. E o blog facilita isso. Digo por experiência própria. Pois, os posts aqui apresentados nada mais são que um exercício de escrita, revisão e pesquisa.
E se os argumentos aqui ditos ainda sim não forem suficientes saiba que é possível ganhar dinheiro com essa mídia digital. Mas isso já é outra história...
 

quinta-feira, 14 de março de 2013

AGENDA BOM PASTOR: Habemus Papam. E agora?

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Durante o período Sé Vacante, a comunidade do Bom Pastor (como muitas outras pelo mundo) parece não ter sentido a ausência de seu líder máximo. As missas continuaram normais assim como as atividades pastorais. Se no período sem papa a comunidade prosseguiu seu caminho apostólico agora, com a escolha do novo pontífice o que muda?
A atuação de um Papa parece voltar-se mais para as congregações religiosas. Sua presença aparece mais como a de um líder político que um evangelizador de fato. Numa comunidade como a nossa essa escolha não fará muita diferença. Pois, para esse tipo de comunidade o que vale mais é o compromisso dos próprios comunitários em assumir os trabalhos pastorais.
Não quero dizer que a figura de um papa não é importante. Toda organização tem de ter um líder. Ainda mais num cargo que nossa igreja acredita ser a representatividade de Cristo na terra. O que afirmo é que essa escolha terá um impacto maior para as congregações religiosas que compõem a pirâmide eclesial da igreja católica na atualidade.
Muito se tem falado dos novos desafios do novo pontífice. Terá ele pulso firme para expulsar os padres pedófilos e todos aqueles que ostentam uma vida de orgias sexuais (com homem ou mulher)? . Terá ele a coragem de acabar com a prostituição que ainda ocorre nos seminários? Terá ele a coragem de expulsar todos os padres que tem filhos espalhados por aí? Por fim, terá sido ele realmente escolhido pelo Espírito Santo? . Caso tenha sido fará uma faxina na nossa igreja, ainda que não sobre um padre para celebrar uma missa...

terça-feira, 12 de março de 2013

Análise do poema Tabacaria de Fernando Pessoa

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  1. Navegar é preciso, viver não é preciso; Viver não é necessário; necessário é criar”./ “Tornar minha vida grande, ainda que o meu corpo tenha de ser lenha desse fogo”.
Como empurrado contra o mar, toda a sua história (de Portugal), literária e não, atesta o sentimento de busca dum caminho que só ele representa e pode representar” (MOISÉS, 2004:13). Prova disso, são os versos pessoanos de que “Navegar é preciso, viver não é preciso”. Ora, esse verso somado a “Tornar minha vida grande, ainda que o meu corpo tenha de ser lenha desse fogo”, também inserem a arte a partir do ponto de vista do existencialismo. Ainda segundo MOISÉS (2004:178) agora no seu Dicionário de Termos Literários, o Existencialismo enquanto corrente filosófica dirigi-se para a essência do individuo. E enquanto elemento empregado na arte literária centra-se a sua atenção no desvendamento da existência.
Fernando Pessoa expressa claramente essas afirmações nos versos já citados. Ele próprio, enquanto poeta, buscou esse existencialismo (fuga de si) sendo um e ao mesmo tempo muitos ao criar dentro de si outros “eus” (heterônimos).
Em “Navegar é preciso, viver não é preciso; Viver não é necessário; necessário é criar”. Essa arte aqui comentada pode simbolizar a busca de uma existência. Com relação a navegação ela vinha em primeiro plano para Portugal à época. A partir dela a vida se descobria. Navegar por si só já era viver. E se viver era navegar, levar uma vida longe dos desafios da navegação não tinha importância. Importante sim era criar.
Já no segundo verso, “Tornar minha vida grande, ainda que o meu corpo tenha de ser lenha desse fogo” Pessoa expressa o que é muito próprio de sua poesia: a presença do próprio eu em busca de indagações sobre a própria vida. É a arte de criar a partir da corrente existencialista. “(...) Ainda que o meu corpo tenha de ser lenha desse fogo” o poeta é o próprio eu: ao mesmo tempo em que é fogo, também é lenha. O eu poético alimenta-se de si mesmo. Busca por uma indagação paradoxal que em ao mesmo tempo em que é não é. 
 
  1. O tema cidade no poema Tabacaria relacionado à estética pessoana.

Em Tabacaria, poema de Álvaro de Campos (heterônimo de Fernando Pessoa) o tema cidade permeia todo o poema. Isso se deva por ter sido construído por um poeta cuja profissão é de engenheiro. Mas não é somente como engenheiro que Álvaro de Campos descreve o mundo que o circunda, mas como “poeta moderno, século XX, que do desespero extrai a própria razão de ser e não foge a sua condição de homem sujeito a maquina...” (MOISÉS, 2004:244).
Como poeta que é, em Tabacaria deixa de lado o olhar matemático de engenheiro e lança em muitos versos a literariedade em que expressa a condição do homem da época inserido num progresso emergente das cidades. “Janelas do meu quarto” em que o autor observa o vai e vem da cidade. Aliás, a janela até hoje, em muitas localidades, é por onde se observa o movimento dos forasteiros e as atividades vizinhas. “Com o destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada”. “A fileira de carruagens de um comboio e uma partida apitada”. Este último verso simboliza perfeitamente o tema cidade. É um anúncio do crescimento citadino; da efervescência das cidades. É só lembrar que essa mesma aglomeração de carruagens evoluiu para as aglomerações que hoje presenciamos. E que hoje “a partida apitada” acontece até nos portos de nossa Amazônia.

  1. O Existencialismo no poema Tabacaria de Álvaro de Campos
No poema Tabacaria, de Álvaro de Campos temos aí a corrente filosófica a que se chamou de Existencialismo e que a arte utilizou para o desvendamento da existência humana.
Em Tabacaria, conforme destaca SARAIVA e LOPES (2001:1000) “o espírito reflexivo de Pessoa, acaba, em certos momentos, por desvalorizar a sua própria razão humana”. Isso, logo desde o inicio do poema: “Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada...”. Importante lembrar que embora Álvaro de Campos não seja o próprio Pessoa, mesmo assim a luta interna pelo desvendamento da condição existencial do ser também lhe é característica. Essa afirmação de ser nada (vazio) e ao mesmo tempo de que nunca será nada e de que também não pode ser nada converge para um paradoxo que só mesmo uma reflexão existencialista poderá dar cabo de uma resposta. A mesma ideia apresentada nos versos: “Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?/ Ser o que penso? Mas penso ser tanta coisa!”. Esses versos configuram “uma terrível estranheza de existir, um acordar para a misteriosa importância de existir, que preludia o existencialismo de meados do século” (SARAIVA & LOPES 2001: 1000) a poesia pessoana.
Ainda em Tabacaria temos um verso que explora magistralmente o conceito existencialista na poesia de Fernando Pessoa: “Com o destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada”. Nesse verso vemos o dilema conflituoso existencial do eu. Pessoa age assim como o filósofo Sartre em seu livro “O Ser e o Nada”. Mas Fernando Pessoa, como já citei, busca uma resposta a essa existência paradoxal. Pois, ao mesmo tempo em que o tudo é tudo ele se faz em nada. E o destino, personagem responsável por muitas de nossas indagações, é o condutor principal dessa vida existencialista.


quinta-feira, 7 de março de 2013

UFOPA recebe calouros com passeio ciclístico

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No dia 03 de março a Universidade Federal do Oeste do Pará, em recepção aos novos calouros, realizou um passeio ciclístico, além de uma caminhada, em torno da área central da cidade. E é claro que o editor do blog não deixaria de participar desse momento esportivo.
A pedalada iniciou as 9:00 e contou com a coordenação e participação de membros do Clube MTB. Saímos do Campus Tapajós percorrendo toda a orla central de Santarém vislumbrado toda a paisagem que as águas do Tapajós nos proporcionam. Em seguida, dirigimo-nos ao campus Bulevar e Rondon. Feita uma pequena parada em cada campus fomos para uma área não muito frequentada pelos santarenos e de muita beleza: a parte da “orla” que compreende o bairro do Mapirí. Neste local, apreciamos a beleza das garças plainando sobre o lago do Papucú. Tudo isso, posicionados na ponte que interliga os bairros Mapirí e Maracanã.
Já por volta de 11:00 retornamos ao campus Tapajós, onde a programação continuou com muita música regional e outras atrações.
Valeu UFOPA e Clube MTB pela alegria de conhecer ainda mais a Pérola do Tapajós!

sexta-feira, 1 de março de 2013

FOTO/POESIA: A Garça


A garça graciosa, garbosa, desfila gracejosa.
A garça cheia de gracejos deixa-se fotografar imponente na bajara.
Essa garça, cheia de graça, galharda, chama atenção para si, e de si:
É narcisista! Encanta-se consigo mesma a olhar-se refletida nas águas do Tapajós.
Mas o que foi isso: garça? Roubaram-te as cores...
Mas essa garça, que é galharda, que é garbosa, graciosa, gracejosa...
Não perde assim a beleza. Continua linda. Continua garça, gracejosa, garbosa...