No
soneto A
um Poeta,
temos aí a metalinguagem quando o poeta utiliza-se de um poema para
falar sobre o poema, ou seja, este soneto é um poema sobre o poema.
Já no primeiro quarteto o poeta fala do exímio oficio de tecer o
poema. O local ideal onde as ideias fluem, embora com dor e teimosia.
Este é lugar é comparado ao claustro beneditino: “longe
do estéril turbilhão da rua/ beneditino, escreve! No aconchego/ do
claustro, na paciência e no sossego, trabalha e teima, e lima, e
sofre, e sua”!
No
segundo quarteto apresentam-se os cuidados que se precisa ter para a
criação do poema, onde o poeta admite uma forma para o poema onde
não transpareça o trabalho exigido pela criação: “mas
que na forma se disfarce o emprego/
do
esforço; e a trama viva se construa/
de
tal modo, que a imagem fique nua,/
rica,
mas sóbria, como um templo grego”.
O
poeta chega ao primeiro terceto dando mostras do resultado do
trabalho feito, destacando principalmente a beleza o que se
identifica com os princípios clássicos: riqueza e sobriedade: “não
se mostre na fábrica o suplício/ do mestre. E natural, o objeto
agrade,/ sem lembrar os andaimes do edifício:”
O
fechamento do soneto é complemento do primeiro terceto. O poeta
compara a arte como uma beleza pura, onde não deve haver
artificialidade, pois é na simplicidade que ela se torna bela:
“Porque
a Beleza, gêmea da verdade,/ arte pura, inimiga do artifício/ é a
força e a graça na simplicidade”.
Muito obrigada pela sua análise. Sou estudante de Letras, na Universidade Federal de Goiás; e estou fazendo um trabalho sobre esse poema. Precisava desse apoio.
ResponderExcluirGrato pelo seu comentário e principalmente por poder ajudá-la
ExcluirObrigada pela análise do poema. Amei.
ExcluirRealmente, esse destrinçar do poema é um trabalho dos mais gratificantes. Adorei essa opção de degustar algumas peças poéticas, de grandes vultos das letras nacionais. Ademais, resulta isto também em aprender a enxergar mais fundo o que dizem os poetas, que por serem vates são sinônimos de profetas. Parabéns.
ResponderExcluirObrigado meu caro
Excluirgostei bastante da analíse e aprendi muito. Parabéns.
ResponderExcluirObrigado. Fico feliz em poder ajudar
ResponderExcluirPoderia me ajudar nestas 4 perguntas sobre o poema?
Excluir1- Quais são as tarefas do poeta?
2- De que modo o mestre ensina o trabalho?
3-Quais são os atributos do poema?
4- Que relação há entre um templo grego e a imagem poética?
Poderia me ajudar nestas 4 perguntas ?
Excluir1- Quais são as tarefas do poeta?
2- De que modo o mestre ensina o trabalho?
3-Quais são os atributos do poema?
4- Que relação há entre um templo grego e a imagem poética?
Muito boa a sua analise, me ajudou muito
ResponderExcluirQue bom em poder ajudar
ExcluirQueria saber qual é a temática central desse poema,pode me ajudar?
ResponderExcluirPoderia ser defendida a metalinguagem
ExcluirExcelente análise do soneto que resume os cânones do parnasianismo. Sem o ranço dos termos técnicos, usando linguagem simples e perfeitamente compreensível por qualquer leigo em letras mas sensível o bastante para apreciar uma bela peça poética, eis aí uma aula de simplicidade e competência. Parabéns!
ResponderExcluirMuito obrigado e grato por sua visita e comentário
ExcluirQue figura de linguagem foi construída, no poema, a partir do termo beneditino?
ResponderExcluirAnálise riquíssima!!!
ResponderExcluirDaora kkk
ResponderExcluirMagnífico e cirúrgico com detalhes extremamente sensível e despojado.
ResponderExcluirficou muito bom, sera que seria fazer uma analise pensando no eu-lírico do soneto em relação ao que se defendia como produção literária Parnasiana e Naturalista?
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